A redação vai muito além da escrita. É também criatividade e estratégia, de acordo com o objetivo e o público-alvo. Vem entender tudo sobre essa área!
Para falar desse tema, aqui estou eu: a redatora da gas. Decidi fugir um pouco do costume e escrever em primeira pessoa do singular, como não fazemos há muito tempo por aqui. Afinal, nada melhor do que um próprio redator para contar para você um pouco mais sobre o nosso trampo. Então, vamos lá!
O que faz um redator?
Basicamente, nossa função é escrever. Mas como nada nessa vida é fácil, o cargo de redator vai muito além disso: precisamos, primeiramente, entender qual a finalidade do texto para depois botar a mão na massa. E para cada finalidade, existe uma linha de raciocínio diferente para redigir. Vem entender melhor como isso funciona!
Redator publicitário (copywriter): é responsável por criar campanhas, anúncios online e offline, textos de mídias sociais, entre diversos tipos de textos predominantemente curtos. É focado na persuasão, na conversão e na conquista.
Redator de conteúdo (webwriter): responsável por, como o próprio nome diz, criar conteúdo: textos de blog, e-books, newsletters, sites, comunicação interna e outros tipos de redação mais densa e aprofundada.
Redator da experiência do usuário (UX writer): é responsável por aplicar boas práticas de redação para melhorar a experiência do usuário em produtos digitais, como sites, aplicativos, chatbots etc. Este é o tipo de redação mais complexo, porque é o menos falado por aí. Mas nós preparamos um conteúdo especial sobre o UX writer, que você pode conferir aqui.
Agora que você já entendeu melhor algumas das funções que um redator pode exercer, vou te contar algumas verdades por trás da nossa rotina. Dá uma olhada!
A primeira verdade…
É que não sabemos de tudo (mas fingimos que sim). Às vezes, falamos como especialistas em assuntos que nunca discutimos sobre, ou se quer nem sabíamos que existia. Um bom redator sabe escrever sobre tudo, independente do tema. O famoso “se vira nos 30”.
E como fazemos isso?
Nada do que escrevemos vem das vozes da nossa cabeça. Apesar de não sermos, de fato, especialistas em determinados assuntos, pesquisamos a fundo sobre o conteúdo que iremos escrever. Nada vem do além, tudo é baseado em pesquisas, estudos e dados.
No meu caso, muitas vezes, coloco em prática a jornalista que sou e vou atrás de fontes realmente confiáveis e que entendem do tema em questão. Afinal, temos o compromisso de levar informação ao público e usuário, então precisamos ter certeza do que estamos escrevendo.
Tudo é referência
Tudo que a gente consome vira referência. Um filme, uma música, um post nas redes sociais, um vídeo no Youtube, um outdoor… Tudo pode servir como base para criar um conteúdo, um conceito de marca ou um post.
Além disso, existem alguns sites que não podem faltar na barra de favoritos de um redator, pois dão aquela forcinha no nosso processo criativo. Já salva aí, os que eu mais uso são:
– Sinônimos
– Dicionário criativo
– Behance
– ChatGPT
– Puta Sacada
E se tem alguém pra saber sobre aleatoriedades…
Esse alguém é o redator! Com o passar do tempo, acumulamos os conhecimentos mais aleatórios possíveis, daqueles que as pessoas se questionam como sabemos disso. Afinal, aprendemos sobre o universo dos nossos clientes, que muitas vezes são de segmentos bem diversos. Eu mesma já atendi até uma funerária e vivia escrevendo sobre cremação (pesei o rolê 🥵).
Criatividade não cai do céu
Se você pensa que é só abrir um arquivo de texto e começar a escrever, você está bem enganado. Os redatores são os responsáveis, muitas vezes, por ter aquela baita sacada para uma campanha, para uma peça publicitária, para um slogan ou até um jingle, além de criarmos conceitos que guiam todo o desenvolvimento de um projeto.
E não é só isso. Muitas vezes, nós temos que transformar um assunto mega complexo (pra não dizer CHATO), ou que possui poucas informações disponíveis como base, em algo GENIAL e atrativo. E haja criatividade quando não temos nenhum material para nos auxiliar na produção do conteúdo, viu?
Além disso, como normalmente trabalhamos com uma grande variedade de clientes, às vezes precisamos resetar nossa cabeça várias vezes ao dia. No meu caso, preciso finalizar um conteúdo de uma construtora com empreendimentos mais populares e uma linguagem totalmente varejista, por exemplo, para iniciar os textos de uma construtora de alto luxo, mega sofisticada. A cabeça chega a dar tela azul. 🥲
Esses são só alguns dos perrengues que a gente passa, mas o importante é que no fim tudo sempre dá certo e é muito gratificante perceber que conseguimos tirar leite de pedra e criar algo muito massa. É exatamente essa a função de um bom redator.
Prontinho, agora você já sabe tudo sobre esses seres que podem ser facilmente encontrados nas agências de publicidade e outras empresas. Só não se assuste se você se deparar com um de nós, somos legais! Normalmente mandamos muito bem no português (é o ideal para um redator, né?), mas não vamos te julgar se você soltar um “pra mim fazer”, eu juro!
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