A arte poderosa do rebranding
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30/08/2018
Vamos imaginar a seguinte situação: você é designer e foi contratado por uma empresa para desenvolver uma logomarca. Você, como um bom profissional, cria algo inovador e envia o projeto ao seu cliente para aprovação. Ele simplesmente some. Semanas depois, ele anuncia em suas redes sociais uma nova logo, incrível, que coincidentemente é exatamente igual a que você criou. Ele não te paga, some, e ainda te copia.
Outra situação hipotética: você está tranquilo navegando em suas redes sociais, quando se depara com uma empresa com a mesma identidade visual que a sua, mesmos símbolos, mesmas cores , mesma apresentação, mesmos textos, mesmos post’s (é incrível, mas as pessoas não se dão ao trabalho nem de mudar as fotos), é aquele caso clássico de cópia descarado.
Por mais que pareçam histórias meio abstratas, são casos mais comuns do que se imagina. O maior pesadelo dos profissionais de criação e dos empresários no que se refere as suas marcas, pode ser definido com apenas uma palavra: plágio.
A melhor forma de proteção, no caso de grandes projetos e criações, pode ser feito através do registro no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Você pode optar em fazer o processo por conta própria, mas por ser bem burocrático e chatinho, muitos criativos contratam profissionais ou empresas especializadas que facilitam e acompanham o processo.
Além do registro, existem algumas coisinhas que podem ser feitas, preventivamente, e sem custo para proteger suas criações — e que infelizmente não são ensinadas na faculdade e nem nas práticas do mercado de trabalho.
Pois bem, vamos à elas:
Pode parecer uma coisa banal, mas é importante que todos os e-mails de envio de projetos, artes e afins para aprovação sejam datados e respondidos. Só assim eles vão servir como possível prova em caso de plágio. Outra dica legal, também em relação aos e-mails é: sempre enviar os arquivos como corpo de e-mail e não como anexo pois judicialmente eles tem uma maior validade como prova, pois quando enviados como corpo de e-mail entende-se que o cliente, de fato, recebeu a mensagem e teve acesso aos materiais.
Recomenda-se que os profissionais criativos e as agências sempre tenham sua marca d’agua própria. O bacana é aplicar em todas as apresentações antes da entrega dos arquivos finais aos clientes. Por mais que essa alternativa não previna a cópia de terceiros do material, previne, por exemplo, que se use os arquivos sem sua devida finalização.
Hoje encontramos no mercado alguns softwares especializados em criar provas de autoria ou anterioridade. O que isso significa? Através desses programas você consegue comprovar o direito sob: imagens, livros, fotos, logotipos, rótulos e outras várias criações. O mais legal dessas plataformas é que a maioria delas gera um certificado digital. O do Avctoris, por exemplo, é aceito em mais de 72 países.
Por mais old school que possa parecer, muitas vezes, dependendo do projeto, é bacana que se leve as opções impressas ao cliente. Evitando quase que 100% a possibilidade de cópia. Ainda sim, recomenda-se que junto à apresentação se faça um termo simples datado, onde se comprova que o cliente teve acesso visual ao material.
Eu não preciso nem citar a importância de se fazer um contrato específico quando se trata da contratação de serviços criativos. Através dele é possível definir questões como: cópia, pagamento, prazo e afins, além de servir como garantia jurídica para ambas as partes. O que é muito bacana também, dependendo do projeto, é anexar ao contrato fotos ou até, desenhos do projeto que comprovem a efetividade e a originalidade da criação dos materiais.
Por fim, é necessário ressaltar a importância da disseminação dessas informações, uma vez que estamos tratando de algo tão importante: a criatividade. Em tempos onde é tão difícil ser original deve-se assegurar os direitos de quem consegue criar, sem copiar.
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