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7/12/2018
Uma suposição ligeiramente fantasiosa, porém revolucionária, que ainda causa polêmica na comunidade científica.
Hoje resolvi falar um pouco sobre uma teoria que, particularmente, acho muito intrigante (espero que você também!). Tenho que admitir que o nome não é dos mais convidativos à leitura mas prometo tentar deixar esse texto muito mais simples do que outros artigos que você encontrará sobre o tema. 😉
A hipótese da Ressonância Mórfica, postulada (achei que nunca usaria essa palavra num post, gente, to emocionada) pelo doutor em biologia e bioquímico inglês Rupert Sheldrake, em 1981, ainda causa discussões interessantíssimas na biologia, transbordando também para outras áreas como a física e a psicologia.
E nós, que adoramos um bom debate e gerar questionamentos, achamos um bom tema para o post da semana, então bora lá: FOGO NO PARQUINHO! 🙂
Vou começar com uma historinha bem simples que ajudará a contextualizar a hipótese, chama-se:
Imagine 2 pequenas ilhas povoadas pela mesma espécie de macacos, as duas comunidades não possuíam qualquer tipo de contato entre si. Após várias tentativas, um macaquinho da ilha “A” descobre uma forma completamente nova e mais eficiente de quebrar cocos e aproveitar toda água e a polpa, logo, por imitação, os outros macacos da ilha aprendem e repetem a ação até torná-la uma prática padrão daquele grupo. Quando o centésimo macaco da ilha “A” domina a técnica, espontaneamente os macacos da ilha “B” começam a praticá-la também. É preciso reforçar que: não houve nenhum tipo de comunicação entre as duas comunidades, o conhecimento apenas foi incorporado aos hábitos da espécie.
O relato é fictício, mas uma forma lúdica de exemplificar a Ressonância Mórfica (em uma outra versão dessa história, os macacos aprendiam a lavar as raízes antes de se alimentarem), de qualquer forma, representa a mesma coisa: a transmissão de conhecimento entre grupos através de campos mórficos, uma espécie de consciência coletiva que “ressoa” entre os integrantes de um conjunto.
Segundo o Sheldrake, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material. Tudo, de átomos a galáxias, está associado a um campo mórfico específico, e esses campos fazem com que todo sistema seja um sistema, ou seja, tudo funcione em conjunto ao invés de ser apenas um amontoado de partes.
Os campos mórficos atuam de forma semelhante aos campos magnéticos na física, podemos não percebê-lo diretamente mas somos capazes de entender sua presença pelo efeito que produz. A semelhança acaba aqui, já que segundo Sheldrake, os campos mórficos não transmitem energia, por isso não perdem força de acordo com a distância, como os campos gravitacionais e eletromagnéticos, por exemplo. O que é transmitido pelos campos mórficos é informação, conhecimento que é adquirido e agregado a uma espécie de patrimônio coletivo que é compartilhado por todos os indivíduos do sistema.
“A ressonância mórfica é um processo básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo.”
— Revista Galileu
Obviamente uma ideia tão revolucionária (e quase fantasiosa demais) despertaria opiniões controversas na comunidade científica. No lançamento do livro que abordou o tema, A New Science of Life (Uma nova ciência da vida), a obra foi recebida de maneira absolutamente divergente pelas duas principais revistas científicas da Inglaterra. Enquanto a New Scientist elogiava o trabalho como “uma importante pesquisa científica”, a Nature o considerava “o melhor candidato à fogueira em muitos anos”.
Pois bem. Sheldrake apresenta alguns fatos intrigantes que reforçam a hipótese:
Quando uma nova substância química é sintetizada em laboratório — diz ele -, não existe nenhum precedente que determine a maneira exata de como ela deverá cristalizar-se. Dependendo das características da molécula, várias formas de cristalização são possíveis. Por acaso ou pela intervenção de fatores puramente circunstanciais, uma dessas possibilidades se efetiva e a substância segue um padrão determinado de cristalização. Uma vez que isso ocorra, porém, um novo campo mórfico passa a existir. A partir de então, a ressonância mórfica gerada pelos primeiros cristais faz com que a ocorrência do mesmo padrão de cristalização se torne mais provável em qualquer laboratório do mundo. E quanto mais vezes ele se efetivar, maior será a probabilidade de que aconteça novamente em experimentos futuros.
OK, você precisa de exemplos práticos para levar essa ideia a sério? Sheldrake fez alguns experimentos bem interessantes para comprovar sua teoria. Em 1983 foram aplicados testes em grupos da Europa, Américas e África, os testes consistiam em 2 ilustrações diferentes e cada uma continha figuras ocultas à serem descobertas. Durante os testes a figura 2 e sua “resposta” foram transmitidas pela TV (a fim de que uma grande quantidade de pessoas soubessem solucioná-la), sem que os participantes da pesquisa tivessem acesso. Verificou-se, então, que o índice de acerto na segunda mostra subiu 76% para a ilustração 2, contra apenas 9% para a ilustração 1.
Para o biólogo, os experimentos comprovam que “é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam”.
Indo além do “aprendizado” e citando o processo de diferenciação e especialização celular no desenvolvimento embrionário, Sheldrake questiona a visão reducionista da biologia que atribui todas as façanhas do desenvolvimento humano ao DNA:
“A maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético”
“Dados os genes corretos, e portanto as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Isso é mais ou menos o mesmo que enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção e esperar que a casa se construa espontaneamente.”
Já parou pra pensar? De fato, se comprovado, a ressonância mórfica poderia explicar esse fenômeno.
Poderia também explicar epidemias de patologias sociais como o sadomasoquismo, morbidez, ondas de violência e revoltas. Explicando tais comportamentos, tornaria possível a criação de métodos mais efetivos de terapia.
“A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mal”
— Rupert Sheldrake
Além disso, revolucionaria a forma de aprendizado, segundo Sheldrake: “Métodos educacionais que realcem o processo de ressonância mórfica podem levar a uma notável aceleração do aprendizado”.
Se você leu até aqui é porque ficou tão intrigado quanto eu, então admita… É uma teoria fantástica, que proporcionaria aplicações inimagináveis na sociedade.
Há quem concorde e quem discorde, como tudo na vida. A ideia aqui era te apresentar uma teoria interessante e (talvez) criar algumas perguntinhas aí na sua cabeça. Espero que tenha funcionado 🙂
Gosto de pensar que essa é a explicação para todas as vezes que eu tenho uma ideia de pauta super legal para um post aqui do blog e no dia seguinte vejo o mesmo assunto em outro lugar, ou quando estou pensando numa música e de repente alguém aqui da agência começa a cantar a dita cuja. hehehehe
E você, acredita em quê? Discute sua ideia com a gente aqui nos comentários.
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